31.12.08

Ora Vamos Lá...

Já ha tempos que tenho em mente criar uma lista com os meus desejos e objectivos para o ano que vem. Vou tentar ser racional e realista (!) e quem sabe se no final de 2009 não comparo o que fiz com o que dizia que fazia (sim, sim porque vai uma grande distância do dizer ao fazer)!


1- Tentar ser feliz ao máximo e aproveitar cada momento que a vida me der. Seja ele bom ou mau, quero tirar dele o melhor e extrair só o que é positivo para mim.

2- Acompanhar a minha família e estar perto dos acontecimentos. Estar presente quando mais precisarem.

3- Igual ao ponto 2 mas com os amigos.

4- Rir, sorrir, conversar, muitooooooooo. Ter muitos momentos de convivência, noitadas, risada, partilhas.

5- Surpreender.

6- Ir a Paris.

7- Fazer o I. feliz e que dure, dure, dureeeeeee. 3 anos pra mim ainda é muito pouco dado que quero passar o resto da minha vida contigo.

8- Saúde para mim e para todos os que amo.

9- Emagrecer uns 10kg.

10- Paz no mundo, o que já me parece impossível.

11- Muita felicidade daquela que nos faz dar saltos e rasgar a cara com um sorriso gigante que até chega a ser assustador.

12- Que muitos sonhos que tenho se realizem.

Como já cá não passo de certeza e porque tenho a cabeça a cambalear e os olhos pequeninos de sono (mas que mania fazer posts a estas horas!), desejo-vos já um ano brilhante em todos os sentidos. Paz, felicidade, amor, compreensão... tudo de bom para vocês.

Feliz Ano Novo!

30.12.08

Lembrar 2008

Com este post vou tentar fazer um exercício de memória e falar sobre coisas passadas afinal faz sempre tão bem. Comecei 2008 doente. Recordo-me de tudo com a maior precisão. Foram meses difíceis, de luta, de coragem com a sensação de estar a tocar o abismo e o desconhecido.
Nos primeiros meses os médicos não sabiam dizer o que se estava a passar e, como podem calcular, a minha ansiedade era posta à prova todos os dias com mais e mais exames para fazer e partir (mais uma vez) à descoberta do que seria a minha doença. Desconfiou-se de tudo, até de cancro. Fiz exames que uma pessoa da minha idade não faria, para terem noção da gravidade da situação. Quantas vezes saía do hospital feita em lágrimas por não estar bem mas principalmente por não saberem como me por bem. Tinha febres altas (que já nem com o be-nu-ron passavam), dores de cabeça de cortar o pulso, dores no fígado e no baço, passava as noites em claro, enfim... Passei meses assim. Faltava às aulas, perdi imensa matéria mas no meio disto tudo isso era o que menos me importava, apesar de estar num ano de transição para a universidade e ter os exames nacionais em Junho/Julho. Apenas me souberam dizer o que eu tinha, devido a uns exames que fiz que tiveram de ir para Lisboa e para o Porto e como consequência disso demoraram imenso tempo até chegar novamente ao hospital para saber os resultados. De que se tratava? Um vírus. De todos os males, o menor. Desde logo me foi dito que em casos como este os médicos não receitam medicamentos a pessoas saudáveis (só em casos de HIV, doenças crónicas, etc.) e que a cura para este problema seria o tempo. Este tempo ia fazer com que o meu organismo ficasse imune ao virús e batalhasse contra ele. E assim foi... o tempo foi passando, os sintomas foram diminuindo de intensidade, até que tive alta.

Mas 2008 não foi um ano que vou recordar só por coisas negativas. 2008 foi um ano de pura construcção interior e de muitas provas dadas a mim própria. Em 2008 aprendi a lutar comigo de braço dado e parei de lutar contra mim própria. Aprendi a acreditar em mim e nas minhas capacidades, constatei que afinal não sou assim tão má pessoa quanto achava que era (!) e que não sou, de todo, menos que os outros. Entrei na universidade coisa que eu já achava impossivel devido ao facto de ter chumbado a alguns exames na 1ª fase (e aos que passei a nota não me chegava para a candidatura). Tentei entao a 2ª fase e tudo correu bem. Tive notas boas menos a uma disciplina a que me faltavam duas décimas para atingir o necessário a passá-la. (Nota: a disciplina era fisico-quimica, da qual não precisava, vejam: estou em letras agora.) Constatámos que tinha uma pergunta mal corrigida e que essa pergunta me daria as décimas precisas para passar. Pedi recurso. Nada. Pedi reclamação do recurso. Tudo. Felicidade. Extase. Alegria. Tinha passado. E no dia em que tinha feito a matrícula na escola (para fazer a disciplina) voltei a anulá-la e dei um passo à frente e candidatei-me. Fui colocada. Saí de casa. E no espaço de um mês a minha vida deu uma volta de 323º (ahahahah!). E agora? Agora é dia 30 de Dezembro de 2008 e eu estou a escrever sobre um ano que, apesar de tudo, me deu muito gozo viver. Apanhei muitos sustos mas também dei muitas gargalhadas. Um ano essencial na minha vida e na minha evolução. Foi isto que aprendi em 2008, temos de saber lidar com situações más mas, acima de tudo, aprender a transformá-las em situações boas.

Não vos desejo já um bom 2009 porque tenciono ainda cá passar!

Ps: Fiz umas modificações no blog. O que acham?

(Foto: eu)

28.12.08

Desorganização...

... mas mental. Vá-se lá saber porquê, ultimamente ando assim. Não sei o que quero nem o que não quero. Nas mais pequenas coisas dou por mim a considerar tudo ao mais ínfimo pormenor, detalhe por detalhe e em 5 segundos tenho a lista dos prós e dos contras feita na minha cabeça. Acho que o meu medo de viver a vida, intensa e arriscadamente, está a voltar a dar o ar da sua graça e eu não ando a gostar nada. Discuto e ralho comigo própria porque se ontem gostava de uma coisa, hoje já não gosto, ontem tinha um objectivo, hoje já o mudei e no último segundo volto a mudá-lo novamente... Começo a achar que já estou a sentir falta das frequências, das aulas e dos trabalhos todas as semanas, todos os dias. Ando observadora e apática.
Quero-me de novo.
As férias até agora não estão a ser nada de especial. O I. decidiu ficar doente (involuntáriamente, é claro!) e todos os planos que eu tinha em mente foram adiados. Cá pra mim chega Janeiro e nós , com aquela sensação de não aproveitamento das férias. E pra falar a verdade, já tenho saudades de Aveiro.

27.12.08

Necessidades

Quantas vezes já dei por mim a pensar o porquê da criação deste blog. Resposta: queria algo só meu onde pudesse divagar sem limite. Considero uma boa razão e acima de tudo suficientemente coerente e prepositada. Geralmente, nos primeiros posts eu nem sei o que dizer, nem como me dirigir às pessoas... É como que se me estivesse a habituar a um novo ambiente e a uma nova "casa". O nome do blog surgiu do nada e é do nada que eu quero que ele, no seu todo, continue a surgir. Quero um espaço meu com as minhas reflexões, onde possa dizer o que bem me apetece, à hora que me der mais jeito e andar por aí. Aqui vou ter o que gosto, o que não gosto, desabafar, partilhar sentimentos e descobertas. Boa sorte para mim e muitos anos de vida para as minhas panquecas. Eu já morava aqui com o I. mas agora moro também aqui. E agora vou ver se durmo porque já é tarde demais para andar por aqui a conseguir escrever um post minimamente organizado!


Foto: da minha autoria.