31.7.10
e é depois destas noites que me apercebo que não tenho sonhos nem metas. sou uma marioneta conduzida por outras pessoas. e chego a casa triste e escrevo isto no blog. damn.
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momentos
30.7.10
hei-de sempre estar à espera do momento em que me agarras a mão e dizes as palavras mais carinhosas ao meu ouvido. mas esse momento acaba por nunca acontecer e em vez disso, as palavras mais rudes imperam. a forma com que tratas o teu próprio cansaço afecta-me porque somos do mesmo sangue. somos feitas da mesma força. se há momentos em que posso dizer que espero o mundo de ti, há outras em que posso dizer que não espero nada a não ser desprezo: e tu nem te apercebes. dás-me vontade de fugir, dás-me vontade de rir, dás-me muitas vezes vontade de morrer e outras tantas vontade de viver. afectas-me, destróis-me. e eu sei que não ias aguentar saber disso. afinal, tu nem te apercebes. fazes-me sentir milhares de coisas em apenas um dia: a tua fiel companheira ou então um estorvo. ou a tua melhor amiga, ou a tua pior inimiga. descarregas em mim e acumulas o teu sofrer e em vez de ti sou eu quem sofre. são fortes estas palavras, mas reais. sentimentos contraditórios que me fazem viver numa maré tão inconstante... se há dias em que sinto saudades tuas, há outros em que não te quero ver.
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pedaços
20.7.10
«Sabes, aquela sensação de sufoco, em que dás por ti a respirar fundo, segurando momentaneamente a respiração, porque é a única maneira que conheces para prenderes as lágrimas mais um pouco dentro de ti. E logo a seguir a raiva, pensas que é a tristeza, mas não é. A tristeza é bonita de mais para que os outros a possam ver, é só tua, e tu sabes que não vais querer partilha-la com ninguém. A seguir tens aquele nó na garganta e sentes uma inquietação a percorrer-te o corpo, começas a tremer a perna, a estalar os dedos, róis as unhas, suspiras cada vez mais fundo. A esta altura os teus olhos já estão tão cheios que começas a ver a visão turva, como se tivesse começado a chover e não houvesse para onde escoar a água. Se alguém olha para ti finges que tens qualquer coisa no olho, uma pestana serve perfeitamente para a ocasião, não tens bem a certeza se acreditam, torces para que sim. Desvias o olhar para vários sítios, porque achas que vais engana-los, aos olhos, - não, agora não - pensas. O esforço é tanto que neste momento as tuas narinas abrem e fecham, aprendeste também isto, para prolongar a demora. Depois é uma questão de segundos até começar a escorrer água pela tua cara. Se chegares até aqui sabes que já não há nada a fazer e o melhor é colaborares. Sentes um certo alívio. Quando acabares sabes que toda a superfície de pele imediatamente abaixo dos teus olhos vai arder, olhas ao espelho, o quão mal pode estar. Passas água pela cara e respondes o resto do dia "dormi mal, são olheiras de cansaço". Sabes que à noite, quando agarrares a almofada com um abraço, vais repetir tudo, mas de um modo mais natural, afinal já o fazes há anos, e vais pedir-lhes, às lágrimas, que te embalem até adormeceres. E acredita, jamais alguém fará tão brilhante trabalho.»
por Leonor Almeida
por Leonor Almeida
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momentos
18.7.10
estado de alma - julho '10
apetece-me: chocolate quente ao som de gargalhadas e conversas cúmplices. uma roda à volta de uma fogueira, partilha de experiências e segredos. saber que tenho uma vida lá fora para explorar e disfrutar à minha maneira. saber que nunca vou ser a razão das lágrimas de ninguém mas sim o motivo de um sorriso. agarrar as tuas mãos frias da água do mar e beijar-te ao som da lua. abraçar a vida. sinto que tudo me passa ao lado. preciso de acordar. estou anestesiada.
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momentos
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