30.7.10

hei-de sempre estar à espera do momento em que me agarras a mão e dizes as palavras mais carinhosas ao meu ouvido. mas esse momento acaba por nunca acontecer e em vez disso, as palavras mais rudes imperam. a forma  com que tratas o teu próprio cansaço afecta-me porque somos do mesmo sangue. somos feitas da mesma força. se há momentos em que posso dizer que espero o mundo de ti, há outras em que posso dizer que não espero nada a não ser desprezo: e tu nem te apercebes. dás-me vontade de fugir, dás-me vontade de rir, dás-me muitas vezes vontade de morrer e outras tantas vontade de viver. afectas-me, destróis-me. e eu sei que não ias aguentar saber disso. afinal, tu nem te apercebes. fazes-me sentir milhares de coisas em apenas um dia: a tua fiel companheira ou então um estorvo. ou a tua melhor amiga, ou a tua pior inimiga. descarregas em mim e acumulas o teu sofrer e em vez de ti sou eu quem sofre. são fortes estas palavras, mas reais. sentimentos contraditórios que me fazem viver numa maré tão inconstante... se há dias em que sinto saudades tuas, há outros em que não te quero ver.

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